11 de janeiro de 2011

Quando fui chuva,



Quando já não procurava mais, pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui, lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva.. jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva.. jeito bom de se deixar viver!
Nada do que fui me veste agora, sou toda gota,
que escorre livre pelo rosto e só sossega quando encontra a tua boca.
E, mesmo que em ti me perca,
Eu nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela